21 setembro, 2008

Fazer nada de vez em quando faz bem até para a carreira

Qual foi a última vez que você ficou sem fazer nada?
Responda rápido se puder: Qual foi a última vez que você ficou sem fazer nada por pelo menos cinco minutos?

Mas, veja, não fazer nada significa nada mesmo! Não vale contabilizar o tempo que você passou “zapeando” com o controle remoto em frente à TV ou jogando conversa fora ao telefone.

Também não entra nesta conta a sua caminhada diária pelo parque ou o seu mergulho no mar no final de semana (dica do Bernardo, no http://www.FreeStyleWAVES.blogspot.com/). Afinal, em todas estas ocasiões você estava “fazendo alguma coisa”.

Aliás, é bem provável que você nem se lembre mais qual foi mesmo a última vez que ficou, de verdade, sem fazer nada.

Se você é destas pessoas que parecem “ligadas no 220” o tempo todo, saiba que tirar o corpo e a mente da tomada de vez em quando é essencial para alcançar o equilíbrio: físico, mental e profissional também.


Acredite, ficar sem fazer nada desenvolve a criatividade, o foco e a percepção, como tão bem explicou o sociólogo Domenico De Masi, em seu famoso livro “O Ócio Criativo”. E estas são características altamente valorizadas no mercado de trabalho do século XXI.

Não é à toa que empresas modernas como a Google, por exemplo, dão liberdade para que seus colaboradores façam paradas ao longo da jornada de trabalho, na hora que bem entenderem, para fazerem o que quiserem.



A questão é que mesmo com a liberdade para não fazer nada, nem sempre conseguimos desligar porque no mundo em que vivemos somos bombardeados o tempo todo por mensagens imperativas: Compre! Fale! Ande! Ganhe! Faça! E já reparou nas repostas que a gente costuma dar... “Demorou!”, “Só se for agora!”, “Fui!”.


Que tal mudar um pouquinho a regra de vez em quando, reservando alguns minutos do seu dia para simplesmente “perder tempo”. Experimente. E você verá que com isso só tem a ganhar.

Para saber mais:
O Ócio Criativo (Domenico De Mais)
Dez Considerações sobre o Tempo (Bodil Jönsson)




Abraço,
Eric Ferreira

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